Sociologia na UAlg

22.10.06

Desertificação: inverter tendências


“Façamos de cada dia, um em que trabalhamos para reverter a tendência da desertificação. “ Kofi Annan, Secretário-Geral das Nações Unidas.

No presente ano assinala-se o Ano Internacional dos Desertos e Desertificação. Porém, o reconhecimento deste problema social, ambiental e económico ficou marcado na agenda internacional pela adopção de um Plano de Acção de Combate à Desertificação, em 1977.
Desde então foi criada a United Nations Convention to Combat Desertification e a realidade da desertificação começa a ser entendida como um problema global dada a sua extensão e intensidade com que afecta as populações. Para uma noção mais aproximada da importância deste fenómeno bastará dizer que um 1/6 da população mundial e aproximadamente 30% dos continentes é afectada por este fenómeno.
A desertificação consiste num processo de degradação ambiental, em que a destruição da vegetação e uma forte erosão criam uma situação de degradação ambiental muitas vezes irreversível. Este processo ambiental é inextrincável do processo de desertificação humano que deixa sequelas como a perda de traços culturais únicos, deslocações das comunidades, desequilíbrio territorial (do ponto de vista da ocupação humana).
Em Portugal, está a ser implementado o Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação, que possui como objectivos estratégicos a conservação do solo e da água, fixação da população activa nos meios rurais, recuperação das áreas afectadas e sensibilização das população para a problemática da desertificação. Apesar de ainda não poder ser feito um balanço das diversas iniciativas no combate à desertificação, facto é que, cada vez mais, se reconhece a importância de um modelo de desenvolvimento sustentável, que possa integrar as diferentes dimensões da mudança social em direcção a um ‘futuro melhor’.


(Para conhecer os Índices de Susceptibilidade à Desertificação em Portugal, consultar http://panda.igeo.pt/pancd ).


 
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